20 janeiro, 2019

Luís Fernandes (1947-13 de Janeiro-2019)

Conhecemo-nos na Ordem Nova, envergámos a camisa azul, conquistámos Madrid, mantivemo-nos depois do fim, sob a égide do Condestável prestámos juramento, os anos passaram mas continuámos fiéis ao Ideal.
Partiste demasiado cedo! Até sempre!
Para ti, os versos do Rodrigo Emílio:

Matilhas de várias tribos
quiseram calar-me o canto,
a troco de alguns recibos
no valor não sei de quanto.

Pus-me a pensar em Camões...;
no que diria o Mishima...
- E, a cifras e cifrões,
opus rima atrás de rima.

Se a mesma teia de aranha
tolheu o Ezra Pound,
- nesse caso, pois que venha
de lá o último round!

Mudo não fico; nem mudo
de alma, e pele, até ao fim.
Podem privar-me de tudo,
que não me privam de mim!


 
 
Wenn alle untreu werden, so bleiben wir doch treu...