(Relembrando mais um 6 de Fevereiro de 1945)
VIENNE LA NUIT
Vienne la nuit, que je m'embarque
Loin des murs que fait ma prison.
Elle suffit pour qu'ils s'écartent,
Je retrouve mes horizons.
Que m'importe si l'on me parque,
La Nuit abat toutes cloisons.
Avec la nuit je me promène
Sous le soleil des jours anciens.
Je ne vois plus ce qui m'enchaîne,
Le sommeil brise le destin :
Voici la mer, voici la Seine,
Voici les fraîches joues des miens.
Comme dans les camps d'Allemagne,
Chaque nuit, ô Nuit, tu reviens
Me rendre tout ce qu'on éloigne.
Je ferme les yeux sous tes mains,
Je m'embarque, tu m'accompagnes,
Me caresses jusqu'au matin.
Ô Nuit, ô seul trésor pareil
Pour l'homme libre ou le proscrit,
Je t'ai donc retrouvée, merveille,
Après trois ans te revoici !
Je me rends à ton cher soleil,
Enlève-moi comme jadis.
Sur la paille où sont les soldats,
Tu m'apportais les mêmes songes
Qu'aux heureux dont je n'étais pas.
Aujourd'hui, vers toi je replonge,
Ô secourable, ô toujours là,
Ô Nuit qui n'as pas de mensonges.
"Un intellectuel n'est pas moins, mais plus responsable qu'un autre. Il est un incitateur. Il est un chef au sens le plus fort. (...) Un intellectuel n'a pas plus de titres à l'indulgence; il en a moins, parce qu'il est plus informé, plus capable d'esprit critique, donc plus coupable. Les paroles d'un intellectuel sont des flèches, ses formules sont des balles! Il a le pouvoir de transformer l'esprit public. (...) Quand vient l'heure de la justice, il doit payer." De Gaulle a propósito da comutação da pena de morte a Robert de Brasillach (citado por Alain Peyrafitte, 1997)
"Les mots sont comme des pistolets chargés, puisque les mots tuent, il est légitime que leurs auteurs soient tués." JP.Sartre 1945 dans le procès de Brasillach
Quando chegar a hora da justiça não esqueceremos estas palavras!
06 fevereiro, 2019
20 janeiro, 2019
Luís Fernandes (1947-13 de Janeiro-2019)
Conhecemo-nos na Ordem Nova, envergámos a camisa azul, conquistámos Madrid, mantivemo-nos depois do fim, sob a égide do Condestável prestámos juramento, os anos passaram mas continuámos fiéis ao Ideal.
Partiste demasiado cedo! Até sempre!
Para ti, os versos do Rodrigo Emílio:
Matilhas de várias tribos
quiseram calar-me o canto,
a troco de alguns recibos
no valor não sei de quanto.
Pus-me a pensar em Camões...;
no que diria o Mishima...
- E, a cifras e cifrões,
opus rima atrás de rima.
Se a mesma teia de aranha
tolheu o Ezra Pound,
- nesse caso, pois que venha
de lá o último round!
Mudo não fico; nem mudo
de alma, e pele, até ao fim.
Podem privar-me de tudo,
que não me privam de mim!
Partiste demasiado cedo! Até sempre!
Para ti, os versos do Rodrigo Emílio:
Matilhas de várias tribos
quiseram calar-me o canto,
a troco de alguns recibos
no valor não sei de quanto.
Pus-me a pensar em Camões...;
no que diria o Mishima...
- E, a cifras e cifrões,
opus rima atrás de rima.
Se a mesma teia de aranha
tolheu o Ezra Pound,
- nesse caso, pois que venha
de lá o último round!
Mudo não fico; nem mudo
de alma, e pele, até ao fim.
Podem privar-me de tudo,
que não me privam de mim!
Wenn alle untreu werden, so bleiben wir doch treu...
06 fevereiro, 2013
6 de Fevereiro (1934, 1945)
AUX MORTS DE FÉVRIER
Les derniers coups de feu continuent de briller
Dans le jour indistinct où sont tombés les nôtres.
Sur onze ans de retard, serai-je donc des vôtres ?
Je pense à vous ce soir, ô morts de Février.
5 février 1945
Robert Brasillach, Poèmes de Fresnes
27 janeiro, 2013
FUNERAL "COMANDO"
Jaime Alberto Gonçalves das Neves
24/03/1936 - 27/01/2013
Mais outro funeral... -Quem foi ?
-Foi um COMANDO !
-Um COMANDO ?
-Sim, um soldado como os outros.
-Como os outros ?
-Talvez não, talvez um pouco mais...talvez um pouco menos. -Um pouco menos ?
-Sim, por não querer ser tanto.
-Um pouco mais ?
-Talvez por isso mesmo!
-Mas, quem são os COMANDOS ?
-Quem faz do perigo o seu pão. Do sofrimento o seu irmão. E da morte a sua companheira, e se habituou a tê-la sempre à sua mesa e à sua cabeceira, noite e dia, sem perder a alegria e o prazer de viver e de sonhar.
-Que estranha companhia, mas porquê esse gosto, essa busca da morte de quem todos os seres fogem, mesmo os mais valentes ?
-Porque são diferentes !
-E a fome ? E a sede ? E o medo ? E a morte ?
-A fome esquecem-na, quando tudo neles a repele e denuncia vão procurar no espírito o único alimento que a sacia.
-E a sede ?
-Sede só têm uma, e essa ninguém a mede, a de fazer melhor, a de chegar primeiro, a de mesmo no alento derradeiro, quando o corpo já parece não ser nosso, gritar ainda: EU QUERO ! EU POSSO !
-E o Medo ?
-Conhecem-no, por isso não o temem e para o combater e eliminar, são teimosos, tenazes, quando o instinto os contraria, repetem a cada minuto do dia: "A SORTE PROTEGE OS AUDAZES"
-E a Morte ?
-Ao pensar nela, a sua companheira habitual, transfiguram o receio e o pavor, tornando quase igual a própria morte e o amor.
-Mas eles não amam, eles não sofrem ? Não são humanos afinal.
-São humanos demais, embora parecendo de menos e é esse apenas o seu drama, no seu bornal, no seu cantil, na sua cama, vivem o amor e a morte, e uma eterna inquietação.
-Há quem diga que o amor e a morte são quase a mesma coisa...
-Para eles são, e vivem num mundo diferente...feito de assombro, de sonho e de quebranto...
-Meio demónio e meio santo ?
-Sim, é isso sim talvez o que eles são, mas sentem-se felizes com a sua sorte, pois não distinguem o amor da morte e só se sentem bem a viver nos extremos, o meio termo não existe para eles, nem o amar, nem o querer, nem o lutar, nem o sofrer, isso não sabem o que é, está fora do seu mundo, a sua taça, bebem-na até ao fundo !
-E acreditam em Deus ?
-Sim, ou melhor, creio que Deus habite neles, em origem, não em fidelidade, pois são daqueles poucos a quem Deus estende a mão sem que eles Lha peçam, porque só Lhe pedem o que os outros não querem.
-Mas assim querem ser melhores que os outros, ser os melhores de todos.
-Não. Porque não comparam. Só querem ser melhores que eles próprios, por conforto ou benesses nenhum deles lutou, fiéis a esta ideia: Só provará o pão de Deus quem comeu o que o diabo amassou !
-É belo mas estranho tudo o que me disseste, porém que dizer deste pobre rapaz ? Já que deu a vida, que a sua alma descanse em paz.
-A paz para ele nunca quis, não é pois na paz que ele há-de ser feliz.
-Mas que queria ele então... ???
-Não sei, mas antes ou depois que a vida de um COMANDO acabe, nem ele próprio, mas só Deus o sabe.
-Mas é estranho não querer nem desejar para si mesmo a paz.
-Medita nisto: O primeiro COMANDO foi Cristo, porque pregando a paz nunca viveu em paz e até morreu por isso.
-Compreendo então. Querem ser como Cristo ?
-Não, também não, isso seria muito, querem apenas isto: Ser COMANDOS e viver como tal.
-Compreendo por fim, por isso creio que quando o corpo deste moço descer à terra fria e a última lágrima de alguém que muito queria, ainda não tombou, a sua alma, com a qual nunca se enfeitou, não sei se foi ao céu, a caminho de Deus, mas sei que subiu e se salvou !
03 dezembro, 2010
20 novembro, 2010
O cadáver 22450 - 20 de Novembro de 1936
Amargura
Y amargura a la guitarra,
échale tristeza al vino,
y amargura a la guitarra.
Compañero nos mataron,
al mejor hombre de España,
al mejor hombre de España.
Échale tristeza al vino.
Y amargura a la guitarra,
échale tristeza al vino,
y amargura a la guitarra.
Compañero nos mataron,
al mejor hombre de España,
al mejor hombre de España.
Échale tristeza al vino.
07 novembro, 2010
Ezra Pound (30/10/1885 - 1/11/1972)
These Fought in any Case
These fought in any case,
and some believing
pro domo, in any case .....
Died some, pro patria,
walked eye-deep in hell
believing in old men's lies, then unbelieving
came home, home to a lie,
home to many deceits,
home to old lies and new infamy;
usury age-old and age-thick
and liars in public places.
Daring as never before, wastage as never before.
Young blood and high blood,
fair cheeks, and fine bodies;
fortitude as never before
frankness as never before,
disillusions as never told in the old days,
hysterias, trench confessions,
laughter out of dead bellies.
27 agosto, 2010
Divisão Azul, a marcha de 1000 km, de Suwalki a Vitebsk, a caminho do Volkhov (27 Agosto - 3 Outubro 1941)
Andar, andar, andar. ¿Estoy viviendo?
Ya es después de la muerte el seco rostro
de este infinito mundo abandonado,
este olvido infinito que recorro? *
SOLEDAD
(Tierra de Rusia)
I
Atravieso la selva.
¿Alguien ha penetrado este silencio,
esta medrosa cerrazón de ramas,
abismo horizontal, celado y quieto?
Suelo de turba, barro que es escoria,
negro y frío fangal que guarda el fuego,
tierra anterior al hombre, tierra y bosque
viudos del caos y vírgenes del tiempo.
Un otoño sombrío
desgarra ya su luz, pudre su vuelo,
y, entre el verde inmutable de los pinos,
va despojando el robledal abierto.
Pero más hondamente la espesura
encarniza la noche en el misterio
que adivina pupilas incendiadas
y reptiles informes en su seno.
Se angustia toda el alma,
se abruma el corazón y duda el sueño
mientras la inmensa mole del planeta
sin acabar, eleva su desierto.
Sólo las dulces hojas,
que acaso trae hacia la senda el viento,
confirman con su triste mansedumbre
la verdad suspirada de mi aliento.
II
De tierra solamente,
de tierra sin color viven mis ojos,
de tierra sin esfuerzo ni agonía,
postrada y muerta ya, cielo de polvo.
Andar, andar, andar. ¿Estoy viviendo?
¿No es de la eternidad el seco rostro,
este infinito mundo abandonado,
[Ya es después de la muerte el seco rostro
de este infinito mundo abandonado,] *
este olvido infinito que recorro?
El viento es invisible
sin brote que pulsar, el día sólo
transcurre con su luz virgen de sombras.
Más allá del reposo,
¿quién sentirá el silencio sin un trino
y quién la soledad si en ella es todo?
Monotonía y fin de la materia,
ruina que no es memoria ni despojo.
Sueño mi muerte en ti, más que mi muerte.
Reliquia de la nada en mar de plomo.
Ni una montaña lejos,
ni la excepción señera de los olmos
o el trigal remansado que en Castilla
guían la sed hacia el nivel del gozo.
Por la estepa acabada
el espíritu vaga nebuloso
hasta hundirse en la nada del presente.
Sólo mi pulso vive, sólo, sólo.
III
Octubre viene al tiempo
-lejanas vides y soñados árboles-
y ya está mi camino sin caminos,
sin faz de polvo la llanura grave.
Sobre el campo abolido
reposa el cielo descendido y frágil.
Blanco día es la tierra, blanco sueño,
blanco silencio y soledad radiante.
¿Resurrección? No, gloria;
gloria sin alma, juventud sin carne,
vasta alegría sobre el vasto cuerpo
de la mansa unidad, en el paisaje.
Contra la sombra helada
y la blanca energía de los aires,
sombra de luz del vendaval de nieve,
el yerto sol combate.
Languidece, fundida
en la impasible inmensidad, la tarde;
la noche es imposible
y la aurora incesante.
¿Vamos en las entrañas de la luna?
¡Oh, volcán de los aires,
todo rumor sin fuego, todo espuma
y tiniebla de plata alucinante!
El tiempo es ya presencia,
si el viento corre con abiertas aves,
evidencia es la calma,
hermosa eternidad, si el alma pace.
El frío gana el corazón. ¿Existo?
¡Oh, miedo de cristal! Y sigue el viaje
por una horizontal de luz absorta,
nieve y nieve sin fin, nieve adelante...
Dionisio Ridruejo in Poesía en Armas
* versão do livro Cuadernos de Rusia
Ya es después de la muerte el seco rostro
de este infinito mundo abandonado,
este olvido infinito que recorro? *
SOLEDAD
(Tierra de Rusia)
I
Atravieso la selva.
¿Alguien ha penetrado este silencio,
esta medrosa cerrazón de ramas,
abismo horizontal, celado y quieto?
Suelo de turba, barro que es escoria,
negro y frío fangal que guarda el fuego,
tierra anterior al hombre, tierra y bosque
viudos del caos y vírgenes del tiempo.
Un otoño sombrío
desgarra ya su luz, pudre su vuelo,
y, entre el verde inmutable de los pinos,
va despojando el robledal abierto.
Pero más hondamente la espesura
encarniza la noche en el misterio
que adivina pupilas incendiadas
y reptiles informes en su seno.
Se angustia toda el alma,
se abruma el corazón y duda el sueño
mientras la inmensa mole del planeta
sin acabar, eleva su desierto.
Sólo las dulces hojas,
que acaso trae hacia la senda el viento,
confirman con su triste mansedumbre
la verdad suspirada de mi aliento.
II
De tierra solamente,
de tierra sin color viven mis ojos,
de tierra sin esfuerzo ni agonía,
postrada y muerta ya, cielo de polvo.
Andar, andar, andar. ¿Estoy viviendo?
¿No es de la eternidad el seco rostro,
este infinito mundo abandonado,
[Ya es después de la muerte el seco rostro
de este infinito mundo abandonado,] *
este olvido infinito que recorro?
El viento es invisible
sin brote que pulsar, el día sólo
transcurre con su luz virgen de sombras.
Más allá del reposo,
¿quién sentirá el silencio sin un trino
y quién la soledad si en ella es todo?
Monotonía y fin de la materia,
ruina que no es memoria ni despojo.
Sueño mi muerte en ti, más que mi muerte.
Reliquia de la nada en mar de plomo.
Ni una montaña lejos,
ni la excepción señera de los olmos
o el trigal remansado que en Castilla
guían la sed hacia el nivel del gozo.
Por la estepa acabada
el espíritu vaga nebuloso
hasta hundirse en la nada del presente.
Sólo mi pulso vive, sólo, sólo.
III
Octubre viene al tiempo
-lejanas vides y soñados árboles-
y ya está mi camino sin caminos,
sin faz de polvo la llanura grave.
Sobre el campo abolido
reposa el cielo descendido y frágil.
Blanco día es la tierra, blanco sueño,
blanco silencio y soledad radiante.
¿Resurrección? No, gloria;
gloria sin alma, juventud sin carne,
vasta alegría sobre el vasto cuerpo
de la mansa unidad, en el paisaje.
Contra la sombra helada
y la blanca energía de los aires,
sombra de luz del vendaval de nieve,
el yerto sol combate.
Languidece, fundida
en la impasible inmensidad, la tarde;
la noche es imposible
y la aurora incesante.
¿Vamos en las entrañas de la luna?
¡Oh, volcán de los aires,
todo rumor sin fuego, todo espuma
y tiniebla de plata alucinante!
El tiempo es ya presencia,
si el viento corre con abiertas aves,
evidencia es la calma,
hermosa eternidad, si el alma pace.
El frío gana el corazón. ¿Existo?
¡Oh, miedo de cristal! Y sigue el viaje
por una horizontal de luz absorta,
nieve y nieve sin fin, nieve adelante...
Dionisio Ridruejo in Poesía en Armas
* versão do livro Cuadernos de Rusia
24 abril, 2010
In Memoriam
SONETO EN LAS HONRAS A JOSÉ ANTONIO (24/04/1903 - 20/11/1936)
EL rastro de la Patria, fugitivo
en el aire sin sales ni aventura,
fue arrebatado, en fuego, por la altura
de su ágil corazón libre y cautivo.
De la costra del polvo primitivo
alzó la vena de su sangre pura
trenzando con el verbo su atadura
de historia y esperanza, en pulso vivo.
Enamoró la luz de las espadas,
armó las almas, sin albergue, frías,
volvió sed a las aguas olvidadas.
y, por salvar la tierra con sus días,
murió rindiendo su hermosura en ella.
Dionisio Ridruejo (12/10/1912 – 29/06/1975) in CORONA DE SONETOS EN HONOR DE JOSÉ ANTONIO PRIMO DE RIVERA (Ed.Jerarquia, 1939)
07 abril, 2010
Almada Negreiros (07/04/1893 - 15/06/1970)
Manifesto Anti-Dantas
BASTA PUM BASTA!
UMA GERAÇÃO, QUE CONSENTE DEIXAR-SE REPRESENTAR POR UM DANTAS É UMA GERAÇÃO QUE NUNCA O FOI! É UM COIO D'INDIGENTES, D'INDIGNOS E DE CEGOS! É UMA RÊSMA DE CHARLATÃES E DE VENDIDOS, E SÓ PODE PARIR ABAIXO DE ZERO!
ABAIXO A GERAÇÃO!
MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!
UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS A CAVALO É UM BURRO IMPOTENTE!
UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS À PROA É UMA CANÔA UNI SECO!
O DANTAS É UM CIGANO!
O DANTAS É MEIO CIGANO!
O DANTAS SABERÁ GRAMMÁTICA, SABERÁ SYNTAXE, SABERÁ MEDICINA, SABERÁ FAZER CEIAS P'RA CARDEAIS SABERÁ TUDO MENOS ESCREVER QUE É A ÚNICA COISA QUE ELLLE FAZ!
O DANTAS PESCA TANTO DE POESIA QUE ATÉ FAZ SONETOS COM LIGAS DE DUQUEZAS!
O DANTAS É UM HABILIDOSO!
O DANTAS VESTE-SE MAL!
O DANTAS USA CEROULAS DE MALHA!
O DANTAS ESPECÚLA E INÓCULA OS CONCUBINOS!
O DANTAS É DANTAS!
O DANTAS É JÚLIO!
MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!(...)
Não fosse este um povo de brandos costumes e Almada teria o mesmo fim de Brasillach com este discurso xenófobo, incitando ao ódio e à morte!
BASTA PUM BASTA!
UMA GERAÇÃO, QUE CONSENTE DEIXAR-SE REPRESENTAR POR UM DANTAS É UMA GERAÇÃO QUE NUNCA O FOI! É UM COIO D'INDIGENTES, D'INDIGNOS E DE CEGOS! É UMA RÊSMA DE CHARLATÃES E DE VENDIDOS, E SÓ PODE PARIR ABAIXO DE ZERO!
ABAIXO A GERAÇÃO!
MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!
UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS A CAVALO É UM BURRO IMPOTENTE!
UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS À PROA É UMA CANÔA UNI SECO!
O DANTAS É UM CIGANO!
O DANTAS É MEIO CIGANO!
O DANTAS SABERÁ GRAMMÁTICA, SABERÁ SYNTAXE, SABERÁ MEDICINA, SABERÁ FAZER CEIAS P'RA CARDEAIS SABERÁ TUDO MENOS ESCREVER QUE É A ÚNICA COISA QUE ELLLE FAZ!
O DANTAS PESCA TANTO DE POESIA QUE ATÉ FAZ SONETOS COM LIGAS DE DUQUEZAS!
O DANTAS É UM HABILIDOSO!
O DANTAS VESTE-SE MAL!
O DANTAS USA CEROULAS DE MALHA!
O DANTAS ESPECÚLA E INÓCULA OS CONCUBINOS!
O DANTAS É DANTAS!
O DANTAS É JÚLIO!
MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!(...)
Não fosse este um povo de brandos costumes e Almada teria o mesmo fim de Brasillach com este discurso xenófobo, incitando ao ódio e à morte!
28 março, 2010
Rodrigo Emílio (18/02/1944 - 28/03/2004)
Bem-hajam e até mais ver!
Quando eu morrer,
não haja alarme!
Não deitem nada,
a tapar-me:
— nem mortalha.
Deixem-me recolher
à intimidade da minha carne,
como quem se acolhe a um pano de muralha
ou a uma nova morada,
talhada pela malha
da jornada...
— E que uma lágrima me valha...!
Uma lágrima — e mais nada...
Quando eu morrer,
não haja alarme!
Não deitem nada,
a tapar-me:
— nem mortalha.
Deixem-me recolher
à intimidade da minha carne,
como quem se acolhe a um pano de muralha
ou a uma nova morada,
talhada pela malha
da jornada...
— E que uma lágrima me valha...!
Uma lágrima — e mais nada...
10 março, 2010
REGRESSO
Não fugi à guerra, não fui para Paris
não fugi da terra, não traí o povo,
eu fui ao combate debaixo do Sol
e voltei de novo.
Posso aquecer-me com o Sol mais quente
que me enche as veias, vinho de raíz,
não se vai à guerra e volta de novo
sem se sentir dentro a voz do país.
Posso agora olhar, olhar descansado,
as belas moçoilas, bordando ao luar
sinais de conjuro para o namorado
um dia voltar
E posso falar, falar compassado,
com o homem velho que me disse um dia:
“se eu tivesse agora a tua idade
era eu quem ia”.
João Conde Veiga
não fugi da terra, não traí o povo,
eu fui ao combate debaixo do Sol
e voltei de novo.
Posso aquecer-me com o Sol mais quente
que me enche as veias, vinho de raíz,
não se vai à guerra e volta de novo
sem se sentir dentro a voz do país.
Posso agora olhar, olhar descansado,
as belas moçoilas, bordando ao luar
sinais de conjuro para o namorado
um dia voltar
E posso falar, falar compassado,
com o homem velho que me disse um dia:
“se eu tivesse agora a tua idade
era eu quem ia”.
João Conde Veiga
08 março, 2010
Jean Mabire, 1927 - 2006
Nous ne changerons pas le monde, il ne faut pas se faire d'illusions, ce n'est pas nous qui allons changer le monde, mais le monde ne nous changera pas.
Jean Mabire, La notion de Communauté, 12e Haute Ecole Populaire, Août 1997, St Bonnet-le-Courreau en Forez
Jean Mabire, La notion de Communauté, 12e Haute Ecole Populaire, Août 1997, St Bonnet-le-Courreau en Forez
27 fevereiro, 2010
Identidade
de António Manuel Couto Viana,
na voz de José de Campos e Sousa
O que diz Pátria mas não diz glória
Com um silêncio de cobardia,
E ardendo em chamas, chamou vitória,
Ao medo e à morte daquele dia
A esse eu quero negar-lhe a mão,
Negar-lhe o sangue da minha voz,
Que foi ferida pela traição
E teve o nome de todos nós
O que diz Pátria sem ter vergonha
E faz a guerra pela verdade
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a cidade
A esse eu quero chamar irmão
Sentir-lhe o ombro junto do meu
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu
na voz de José de Campos e Sousa
O que diz Pátria mas não diz glória
Com um silêncio de cobardia,
E ardendo em chamas, chamou vitória,
Ao medo e à morte daquele dia
A esse eu quero negar-lhe a mão,
Negar-lhe o sangue da minha voz,
Que foi ferida pela traição
E teve o nome de todos nós
O que diz Pátria sem ter vergonha
E faz a guerra pela verdade
Que ama o futuro, constrói e sonha
Pão e poesia para a cidade
A esse eu quero chamar irmão
Sentir-lhe o ombro junto do meu
Ir a caminho de um coração
Que foi de todos e se perdeu
Etiquetas:
Campos e Sousa (José),
Couto Viana (António Manuel)
Andamento elegíaco
em louvor e memória de Robert Brasillach e de José Antonio
(Heróica triste para os dois)
Deixai-me que eu chore ou cante,
em mais um 6 de Fevereiro,
o poeta enfeitiçante que do mártir d’Alicante
foi irmão e companheiro.
Seu destino lancinante,
seu roteiro rutilante,
sua sorte e paradeiro:
- Deixai, deixai que eu os cante
em mais um 6 de Fevereiro.
Quero, durante um instante
passageiro e... incessante,
exumar do meu tinteiro
o exangue semblante
desse límpido e galante
mosqueteiro.
- afinal, tão semelhante
(em tudo, tão semelhante)
àquele arcanjo arquejante
que, num pátio d’Alicante
prisioneiro,
doou à luz do Levante
o seu olhar derradeiro
e, às falanges da Falange
o seu sangue de guerreiro.
Quero deter-me um instante,
aos pés do 6 de Fevereiro;
e ao poeta militante,
implorar que se alevante,
outra vez, de corpo inteiro,
por sobre o seu cativante
cativeiro!
Rodrigo Emílio, Poemas de Braço ao Alto, 1982
(Heróica triste para os dois)
Deixai-me que eu chore ou cante,
em mais um 6 de Fevereiro,
o poeta enfeitiçante que do mártir d’Alicante
foi irmão e companheiro.
Seu destino lancinante,
seu roteiro rutilante,
sua sorte e paradeiro:
- Deixai, deixai que eu os cante
em mais um 6 de Fevereiro.
Quero, durante um instante
passageiro e... incessante,
exumar do meu tinteiro
o exangue semblante
desse límpido e galante
mosqueteiro.
- afinal, tão semelhante
(em tudo, tão semelhante)
àquele arcanjo arquejante
que, num pátio d’Alicante
prisioneiro,
doou à luz do Levante
o seu olhar derradeiro
e, às falanges da Falange
o seu sangue de guerreiro.
Quero deter-me um instante,
aos pés do 6 de Fevereiro;
e ao poeta militante,
implorar que se alevante,
outra vez, de corpo inteiro,
por sobre o seu cativante
cativeiro!
Rodrigo Emílio, Poemas de Braço ao Alto, 1982
22 fevereiro, 2010
In Memoriam - 6 de Fevereiro de 1945 (em 23 de Maio de 2008)
Mon pays m’a fait mal par ses routes trop pleines
Par ses enfants jetés sous les aigles de sang,
Par ses soldats tirant dans les déroutes vaines,
Et par le ciel de juin sous le soleil brûlant.
Mon pays m’a fait mal sous les sombres années,
Par les serments jurés que l’on ne tenait pas,
Par son harassement et par sa destinée,
Et par les lourds fardeaux qui pesaient sur ses pas
Mon pays m’a fait mal par tous ses doubles jeux,
Par l’océan ouvert aux noirs vaisseaux chargés,
Par ses marins tombés pour apaiser les dieux,
Par ses liens tranchés d’un ciseau trop léger.
Mon pays m’a fait mal par tous ses exilés,
Par ses cachots trop pleins, par ses enfants perdus,
Ses prisonniers parqués entre les barbelés,
Et tous ceux qui sont loin et qu’on ne connaît plus.
Mon pays m'a fait mal par ses villes en flammes,
Mal sous ses ennemis et mal sous ses alliés,
Mon pays m'a fait mal dans son corps et son âme,
Sous les carcans de fer dont il était lié.
Mon pays m’a fait mal par toute sa jeunesse
Sous des draps étrangers jetés aux quatre vents.
Perdant son jeune sang pour tenir les promesses
Dont ceux qui les faisaient, restaient insouciants.
Mon pays m’a fait mal par ses fosses creusées
Par ses fusils levés à l’épaule des frères,
Et par ceux qui comptaient dans leurs mains méprisées
Le prix des reniement au plus juste salaire.
Mon pays m’a fait mal par ses fables d’esclave,
Par ses bourreaux d’hier et par ceux d’aujourd’hui,
Mon pays m’a fait mal par le sang qui le lave,
Mon pays me fait mal. Quand sera-t-il guéri?
Robert Brasillach, Poèmes de Fresnes
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